Na exposição, o artista plástico Anderson Pereira apresenta trabalhos sobre os seres encantados, exaltando os saberes tradicionais, caboclos e afro-religiosos da Amazônia.
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Anderson se aqueceu nos encantados da Amazônia para compor suas obras — Foto: Vanessa Barros
Em Santarém , oeste do Pará, o Centro Cultural João Fona recebe a exposição “Se Encantou”, do artista plástico Anderson Pereira, trazendo para o público obras inspiradas nos seres encantados, destacando as conexões entre os saberes tradicionais, caboclos e afro-religiosos da Amazônia. A exposição será aberta ao público na segunda (02/12) e se estende até o dia 13 de dezembro de 2024.
Os trabalhos realizados pelas mãos de Anderson Pereira para a Exposição “ Se Encantou”, são idealizados a partir das suas viagens de pesquisas. “As vivências de ser e sentir a Amazônia ganham uma explosão de núcleos nas obras, expressando esse sentido tão presente em nossas realidades, o 'Se encantou' é um mundo em outros mundos, diverso, acolhedor e com muitas continuidades”, disse.
Anderson é antropólogo de formação, mestre e doutorando em Antropologia Social pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ele destaca que quer promover encontros entre povos tradicionais, pesquisadores, estudantes, artistas, e sociedade em geral em torno do tema explorado na exposição contribuindo com uma maior atuação sobre as particularidades de se fazer cultura na Amazônia.
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Obra da exposição "Se encantou", de Anderson Pereira — Foto: Vanessa Barros
Uma das obras que serão expostas e que dá nome à exposição, traz o olhar de Anderson sobre o que é encantamento, como uma descoberta de novos mundos, sem morte, dor ou ódio, para o artista. “Se encantar é não lutar contra o tempo, mas compreender que o tempo também é um ser, acessar a encantaria não é uma fuga da realidade, mas compreender que somos partes da natureza e que buscar esse equilíbrio, entre nós e o natural, é a maneira mais linda de se humanizar: é Se Encantar”, destacou.
O artista chama de encantamento a técnica utilizada nas pinturas, pois todo o processo criativo é marcado pelas noções do encantamento. Cada obra busca se aproximar de uma parte da nossa realidade amazônica, os núcleos são marcantes e explosivos, assim como são as irradiações dos seres encantados.
Anderson conta que ao finalizar cada pintura de cada obra, ele joga bastante água nas telas, esse é um momento considerado por ele como revelador. As depois obras de, literalmente, banhadas, se revelam e as cores se harmonizam e se equilibram, assim como ocorre com os seres encantados, com explosão e equilíbrio, esse é o encantador.
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Em cada obra, Anderson Pereira busca se aproximar de uma parte da realidade amazônica por meio de marcantes e explosivas — Foto: Vanessa Barros
Para o artista, o encantamento pode ser entendido como formas criativas de criações de mundos. Aqui, o contexto escolhido para refletir sobre essas práticas é a própria exposição “Se encantou”, em que ele materializa nas suas obras os anos de vivências e pesquisas na Amazônia. “A exposição é esse mundo que nos provoca e nos leva a refletir, como esses outros mundos aparecem e de que forma eles apontam processos de transformações e criações de outras energias e práticas, com narrativas ricas de histórias, coloridas e diversas”, pontuou.
A proposta da exposição é também levar uma reflexão de que o mundo precisa se encantar novamente.
O projeto foi selecionado pelo ‘Edital Demais Áreas – Lei Paulo Gustavo’, Secretaria Municipal de Cultura, Prefeitura de Santarém (PA), Ministério da Cultura, e conta com o apoio do Centro Cultural João Fona.
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Anderson se aqueceu nos encantados da Amazônia para compor suas obras — Foto: Vanessa Barros
Em Santarém , oeste do Pará, o Centro Cultural João Fona recebe a exposição “Se Encantou”, do artista plástico Anderson Pereira, trazendo para o público obras inspiradas nos seres encantados, destacando as conexões entre os saberes tradicionais, caboclos e afro-religiosos da Amazônia. A exposição será aberta ao público na segunda (02/12) e se estende até o dia 13 de dezembro de 2024.
Os trabalhos realizados pelas mãos de Anderson Pereira para a Exposição “ Se Encantou”, são idealizados a partir das suas viagens de pesquisas. “As vivências de ser e sentir a Amazônia ganham uma explosão de núcleos nas obras, expressando esse sentido tão presente em nossas realidades, o 'Se encantou' é um mundo em outros mundos, diverso, acolhedor e com muitas continuidades”, disse.
Anderson é antropólogo de formação, mestre e doutorando em Antropologia Social pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ele destaca que quer promover encontros entre povos tradicionais, pesquisadores, estudantes, artistas, e sociedade em geral em torno do tema explorado na exposição contribuindo com uma maior atuação sobre as particularidades de se fazer cultura na Amazônia.
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Obra da exposição "Se encantou", de Anderson Pereira — Foto: Vanessa Barros
Uma das obras que serão expostas e que dá nome à exposição, traz o olhar de Anderson sobre o que é encantamento, como uma descoberta de novos mundos, sem morte, dor ou ódio, para o artista. “Se encantar é não lutar contra o tempo, mas compreender que o tempo também é um ser, acessar a encantaria não é uma fuga da realidade, mas compreender que somos partes da natureza e que buscar esse equilíbrio, entre nós e o natural, é a maneira mais linda de se humanizar: é Se Encantar”, destacou.
O artista chama de encantamento a técnica utilizada nas pinturas, pois todo o processo criativo é marcado pelas noções do encantamento. Cada obra busca se aproximar de uma parte da nossa realidade amazônica, os núcleos são marcantes e explosivos, assim como são as irradiações dos seres encantados.
Anderson conta que ao finalizar cada pintura de cada obra, ele joga bastante água nas telas, esse é um momento considerado por ele como revelador. As depois obras de, literalmente, banhadas, se revelam e as cores se harmonizam e se equilibram, assim como ocorre com os seres encantados, com explosão e equilíbrio, esse é o encantador.
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Em cada obra, Anderson Pereira busca se aproximar de uma parte da realidade amazônica por meio de marcantes e explosivas — Foto: Vanessa Barros
Para o artista, o encantamento pode ser entendido como formas criativas de criações de mundos. Aqui, o contexto escolhido para refletir sobre essas práticas é a própria exposição “Se encantou”, em que ele materializa nas suas obras os anos de vivências e pesquisas na Amazônia. “A exposição é esse mundo que nos provoca e nos leva a refletir, como esses outros mundos aparecem e de que forma eles apontam processos de transformações e criações de outras energias e práticas, com narrativas ricas de histórias, coloridas e diversas”, pontuou.
A proposta da exposição é também levar uma reflexão de que o mundo precisa se encantar novamente.
O projeto foi selecionado pelo ‘Edital Demais Áreas – Lei Paulo Gustavo’, Secretaria Municipal de Cultura, Prefeitura de Santarém (PA), Ministério da Cultura, e conta com o apoio do Centro Cultural João Fona.
Por g1 Santarém e Região — PA
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